Aconteceu neste fim de semana (28 e 29.11), entre uma sexta
e um sábado chuvosos, o 2 º Fórum de Cultura do Interior na cidade de Quissamã.
Foi por si só uma proveitosa reunião onde gestores, parlamentares e fazedores de
cultura trocaram ideias, receios e esperanças. Não as esperanças de Júlio
Cortázar, apresentadas em seu livro “Histórias de Cronópios e Famas”, mas sim
aquelas que nos levam a continuar na luta, a transgredir, colocar o pé para
além da marca institucional na busca do bem comum. O encontro se deu no Centro
Cultural Sobradinho, local aprazível que teria tudo para dar certo. E deu. O
que não esperávamos eram as iguarias estéticas que nossa anfitriã, Marta
Medeiros, Coordenadora de Cultura de Quissamã tinha preparado para aqueles que
chegaram ainda na sexta-feira.
Fomos conhecer de perto, eu pela primeira vez, o Fado. Não o
tradicional português, explorado com humor na música dos, infelizmente
falecidos, Mamonas Assassinas. Conhecemos o Fado advindo da mãe África que,
segundo Reinaldo Sant’Ana, é muito parecido com o de Cabo Verde. Um Fado onde
os músicos pedem licença para adentrar ao ambiente antes da cantoria, sapateado
e palmas. Em um ambiente tão rústico quanto rico em sabedoria e respeito às
tradições. Moços, velhos e novos dividindo o prazer da dança em comunhão.
Uma viola de dez cordas e dois pandeiros feitos à mão e
afinados ao fogo, literalmente. Essa simples formação fez a alegria de muitos.
Conheci o mestre Antônio Morim, que, com uma das mãos tomava posse do pandeiro, e com a outra,
ausente, tocava o instrumento, antes exposto na parede.
Humildemente, não deixava a “peteca cair”, acariciava seu pandeiro ao ritmo da alegria. Foi assim que conheci sua filha e neta, que, entre um “self” e outro, entrava na roda sem qualquer pudor, por conta de sua juventude e beleza. Até Marco De Dios, assessor da Secretaria de Cultura de Maricá, não resistiu e entrou na dança. Por outro lado, duro que sou, fiquei na admiração, emocionado por ver uma história que resiste à pasteurização global que nos impõem (peço desculpas ao Pasteur por utilizar de forma depreciativa seu nome). Assim começou o 2º Fórum, com muita energia e deixando claro que o dia seguinte seria ótimo, como foi. Obrigado Quissamã.
Te abraço.
Humildemente, não deixava a “peteca cair”, acariciava seu pandeiro ao ritmo da alegria. Foi assim que conheci sua filha e neta, que, entre um “self” e outro, entrava na roda sem qualquer pudor, por conta de sua juventude e beleza. Até Marco De Dios, assessor da Secretaria de Cultura de Maricá, não resistiu e entrou na dança. Por outro lado, duro que sou, fiquei na admiração, emocionado por ver uma história que resiste à pasteurização global que nos impõem (peço desculpas ao Pasteur por utilizar de forma depreciativa seu nome). Assim começou o 2º Fórum, com muita energia e deixando claro que o dia seguinte seria ótimo, como foi. Obrigado Quissamã.
Te abraço.
Sérgio Mesquita
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