Meio que anestesiado. Todos sabiam que esse dia chegaria, pois a única
certeza que temos em vida é que um dia a morte chega. Morte matada, morrida,
sofrida ou em paz, no final, a mesma coisa para todos.
O que faz a diferença na morte, não é como ela se dá ou deu, mas sim em
como se deu a vida. Mario Sérgio Cortella, em uma de suas palestras pergunta “quem
é você?” E ele responde, perante o Universo, somos uma parcela de sub-nitrato
do pó de nada. E é verdade. A diferença se dá em nossa morte, se dá na herança
que você deixa ou deixará. Não aquela herança em propriedades e contas em
bancos. A herança da esperança, de ter valido a pena as alegrias e sofrimentos
por que passamos em vida. O que faz a diferença é o brilho no olhar, daquele
que observa, não o indivíduo, mas as transformações que essa mesmo indivíduo
ajudou construir.
Guimarães Rosa disse em seu livro Grandes Sertões Veredas que “viver é
perigoso”. Eu acredito que só fazemos a diferença na vida de alguém ou de uma
população, se em vida, você enfrentar o perigo de vivê-la. Acredito, que nesses
quase sessenta anos da Revolução Cubana, ninguém viveu tanto os perigos da vida
quanto Fidel Castro. Ninguém deixou tantos rastros de sua existência quanto
Fidel.
Fidel continuará vivo nas mentes e corações de muita gente. Já aqueles
que viveram para detrata-lo ou mesmo maquinando a sua morte, estarão
literalmente mortos, sem qualquer herança a ser sentida. No máximo, uma
lembrança em poucas linhas de algum livro, que contará a história do líder da
Revolução Cubana. A história do soldado, que transformou uma ilha de cassinos e
cabarés, em exemplo de Saúde Pública e Educação para o mundo.
Inté camarada. Hasta la victoria siempre!
Sérgio Mesquita
Sec. de Formação do PT-Maricá
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