Lendo nas redes sociais a matéria do O Globo (não compro o
jornaleco e nem assisto sua versão televisiva), publicada neste domingo, 20.05,
arrisco-me em algumas considerações, após um rápido histórico das escolhas
políticas dos “marinhos” da vida.
Quem são seus editorialistas para opinarem na administração econômica
dos entes federados? Desde a década de 50, século passado, que só divulgam o
que for de interesses de suas corporações ou, daquelas que respondem lá de fora.
Ninguém acredita mais em vocês, bastam mostrarem o balanço de suas publicações
ou a atual audiência na televisão. Inventam e ignoram fatos em benefício de
interesses próprios - basta uma pequena análise sobre a questão do “triplex do
Lula”. Mas vamos ao texto.
Seus 2 primeiros parágrafos deixam clara a intenção do texto:
as eleições de 18 (se acontecerem) e as de 2020, municipais, como deixa claro o
texto, ao darem continuidade as críticas à administração do PT em seu terceiro
mandato em Maricá. A narrativa da má administração mesmo após Quaquá ter saído
com mais de 80% de aprovação e o Fabiano manter e aumentar este índice. Só
interessa a construção de uma narrativa que vá ao encontro de seus interesses.
Ainda em seu segundo parágrafo, a confirmação dos interesses
políticos. Até há pouco tempo, a Petrobras devia ser privatizada por ser
deficitária e ineficiente, mas para combater a única cidade administrada pelo
PT no RJ, a empresa vai de bem a melhor, com promessas de aumento de sua
produção e dividendos. Haja paciência.
No terceiro e quarto parágrafos, volta a narrativa com a
citação das más administrações anteriores, dando como certa a sua repetição pela
administração de Maricá, citada explicitamente a partir dos próximos
parágrafos. De novo os interesses pessoais/políticos. Essas administrações só
passaram a ser ruins recentemente, nos atuais tempos de golpe. Antes eram
exemplos em suas páginas e vídeos. Curioso é que só nos estados administrados
pelo PT e pelo Pc do B, não houve atraso de pagamentos e fechamentos de escolas
e hospitais. No Rio, só Maricá construiu novas escolas, creches (até então
inexistentes), um novo hospital e paga seus funcionários dentro do mês. Tarifa
zero em sua empresa de transporte, uma moeda social estudada no mundo, cessão
de posse de terras e muito mais. Mas administra mal, segundo o jornal.
No quinto e sexto parágrafos, fica explícito o forçar
narrativo contra a cidade. Cita os erros (antes acertos) do Rio e coloca como
certo suas repetições pela administração local. Dá exemplos que são sim
verdadeiros, Maricá vai realizar concurso público para professores, médicos e
outras profissões. Até porque experimenta um processo de crescimento artificial
de sua população por conta das administrações políticas de seu entorno e Estado,
bem como a exploração da insegurança pela mídia. A população cresce e o MP vai
cobrar a real necessidade de vagas nas escolas e atendimento médico. Mas, para
o jornal...é administrar mal.
Em nenhum momento o jornal informa os projetos que
permitirão a subsistência da cidade no pós royalties. Temos um porto que não
inicia suas obras por questões colocadas como ambientais (e são). Mas não se
discute, por exemplo, que a política também impede a sua realização (a má
política), quando não é de interesses dos demais portos, a operação portuária
em Maricá, que possui o maior calado da América do Sul para operação dos
grandes navios. Não cita a criação do Parque Tecnológico e do Industrial, que
iniciarão atendendo as questões do petróleo, mas com diretiva de manter a
cidade no pós-roylties. O aeroporto que passará atender o campo de Lula, a
custo mais baixo para as operadoras das plataformas e depois ao PqT e PqI, e a
interligação de todo o município por fibra ótica, em execução.
A questão da água e saneamento citados “en passant”, não
informa que está em negociação com a CEDAE a construção de uma barragem em
Tanguá, com dinheiro de Maricá, para atender o município e seu entorno. O
governo também negocia assumir a coleta do esgoto no município e seu tratamento,
com a construção de duas estações (ETEs) e sua “eliminação” via emissário
submarino. Mas administra mal seus recursos, segundo o jornal.
E para finalizar em grande estilo, de novo por possíveis
interesses corporativos, encerra trazendo a baila, uma nova rediscussão sobre a
distribuição dos royalties, a partir das “más administrações” antes apoiadas e
hoje colocadas como premiadas pela distribuição dos royalties.
Há braços,
Sérgio Mesquita
Sec. de Ciência, Tecnologia e Comunicações de Maricá
Executiva do PT-Maricá
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