Mais uma vez,
abrimos mão da luta em nome de um pseudo-acordo com aqueles que nos querem fora
de Brasília, se possível, na cadeia. Mesmo que para nos colocar na cadeia, seja
necessário que se abra mão da justiça e da Constituição, como já o fazem.
A cada
projeto, a cada pressão, ou ação da direita, nos recolhemos e assumimos como
nossos, os projetos idealizados por eles, corruptos em essência e de fato, além
de subservientes ao capital estrangeiro. A cada anel que entregamos,
supostamente, na intenção de mantermos os dedos, assumimos perante a população
propostas que só nos levarão à morte política, para felicidade dos integristas
do PSDB e cia. (ou CIA mesmo). Covardia? Acostumamo-nos às benesses do poder? Acredito
que sim. Fico no aguardo de justificativas convincentes.
A estratégia
deles está colocada - mantendo o foco neste século XXI - no Golpe através da
deturpação da justiça e apoio de uma mídia criminosa e defensora dos interesses
do capital especulativo, em especial, do ano de 2005 para cá. Sabemos disso e,
mesmo assim, nos curvamos covardemente ao abrirmos mão da discussão pública,
para tentar resolver no Congresso através de acordos e sem o apoio popular,
como já defendeu um deputado do PT, em uma das reuniões preparatórias na cidade
do Rio, para ato de defesa do governo Dilma: “Não precisa de manifestação de
rua”.
Ontem, 24.02,
participamos de um novo acordo onde, em sua essência, manteve-se a estratégia
do PSDB de minar a Petrobras, para tirar do governo do PT sua grande fonte de
sustentação das políticas públicas, e da geração de renda e emprego.
Moro, por sua
vez, através do discurso do combate à corrupção da mesma Petrobras, vai
atingido o objetivo de destruir as empreiteiras nacionais e abrir campo para as
“multis” como a Alstom e a Siemens (Metro de SP) e outras. Uma vez que aqui, se
defende o fechamento das empresas junto com a prisão de seus diretores. Diferente
do tratamento da justiça estrangeira que, prende os diretores, os agentes
públicos corruptos, mas mantém as empresas, seus negócios e seus empregos. As
paralisações das obras visam o desemprego e paralização do mercado interno, na
busca de revolta popular contra o governo do PT. Nada é feito pensando no país
ou em sua população, somente nos patrões deles, aliados do capital especulativo
estrangeiro.
Serra, como
prometido às estrangeiras do petróleo, mina a Petrobras no Congresso. Moro, a
sustentação da empregabilidade e manutenção do mercado interno através da
paralização das obras de infraestrutura como o COMPERJ e outras mais. O
Governo, em vez de partir para o enfrentamento levando a discussão à população,
recua e abre mão dos princípios defendidos por mais de 30 anos da história do
PT. Prejudica os trabalhadores como na negociação do INSS e, pode acabar com a
soberania do país conquistada nessas quase duas décadas, nos mais de 500 anos
de história do país.
Proponho a
Moro e Serra a começarem o trabalho da “internacionalização” da Amazônia (solo
e subsolo) e de nossa água, como aconteceu na Bolívia. Só que lá, o povo foi às
ruas e reverteu a privatização. Eram proibidos inclusive de coletar a água da
chuva. Iria preso o boliviano que colocasse um balde na chuva para coletar água
(2000). E como a água hoje, é motivo de intervenção estrangeira, que o governo
comece a negociar a permissão de se coletar até 5 litros por ano da água da
chuva por família – como exemplo de negociação, mantendo-se a linha atual
adotada.
Ainda bem que
temos Maricá na contramão desse fluxo, pois não abrimos mão de nossos princípios,
e mantemos o foco na população empobrecida.
Boa sede.
Sérgio
Mesquita
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