sexta-feira, 14 de agosto de 2009

QUEM NÃO SE COMUNICA... SE “TRUMBICA”. (31/07/2009)

Vou mudar um pouco a linha da coluna e vou falar sobre um assunto que me é bem próximo: a Comunicação. Em especial a institucional.
Aconteceu nesta última segunda, dia 27.07.2009, o Fórum sobre Comunicação Social promovido pela Prefeitura como preparação para a Conferência Municipal de Comunicação Social, a ser realizada em outubro. Como não escreverei matéria sobre o encontro, e somente farei considerações com intuito de colaboração, encerro o assunto do Fórum parabenizando as secretarias que o organizaram: Comunicação Social e Gestão de Metas.
Em relação a Conferência, acredito que o governo irá apresentar uma proposta de ação para discussão no evento. Esta proposta deve estar bem afinada com a Missão e Visão que o norteiam. E deve ter como objetivos finais, não só a democratização e distribuição da informação mas principalmente transformar esta informação em conhecimento nos corações e mentes da população.
Para tanto, a proposta que dará conteúdo e forma a Comunicação Social deve estar em total consonância com as demais Secretarias de Governo, ser alimentada e justificada por elas. Não pode e não deve ser mera repassadora de informação.
Outro ponto importante está na integração digital. Aqui a preocupação precisa estar além da liberalidade da conexão. A Comunicação Social em parceria direta com a TI da Prefeitura deve integrar o projeto social com o tecnológico. Terá a Prefeitura condições de interligar todo o município e suas unidades de uma só vez ou será em partes?. E no caso específico da Educação e a distribuição dos “lap-tops”, interligará primeiro as escolas e treinará seus professores no uso da máquina e da Internet ou simplesmente irá distribuir as máquinas? Quais sítios nossos mestres apresentarão para seus alunos, através da Comunicação, como referência de buscas e apoio ao processo educacional e de aprendizado?
Saindo um pouco do problema institucional, como se dará esta liberalidade para a população como um todo. A conexão será inciada em um grande “Portal” do município, generalista (com informação para os não munícipes) e uma área bem identificada para acesso dos munícipes em busca dos serviços que lá estarão disponibilizados? Ou nos contentaremos em simplesmente permitir o acesso livre para que todos alimentem seus “orkuts”, “msns”, twitter e outros?
Municípios que simplesmente liberaram o acesso sem preocupação inicial com o conteúdo não obtiveram crescimento social e menos ainda em seus negócios (divulgação do turismo, produtos locais e etc.). A única área que apresentou crescimento foi a de vendas de computadores.
Terminando, ainda temos a questão dos canais de Rádio e Televisão digital, com ou sem interatividade. Neste ponto específico fica como proposta a criação de uma Fundação Municipal de direito privado e sem fins lucrativos. Como? Deixo por conta de nossos legisladores as questões legais.
Dou a ideia pela experiência por mim adquirida nos 26 anos de televisão estatal/pública. Parte deles em fundação pública de direito público, onde fez-se de tudo menos televisão. Outra parte como Organização Social (privada sem fins lucrativos), o que permitiu maior agilidade na manutenção e criação do negócio de televisão e rádio. Para tal, cria-se um Conselho Administrativo, onde a Prefeitura indicará no todo ou em parte seus membros, de acordo com a Lei de sua criação e, inclua verba pública (contrato de gestão como ex.). Uma vez que o dinheiro público está envolvido, a Fundação fica passível de sofrer todas as fiscalizações dos órgão públicos afins, como se pública fosse e com a agilidade de empresa privada.
Te abraço.