segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

BREVE VISÃO SOBRE O JORNALISMO

Mensagem a uma amiga recém formada

Para minha amiga, JORNALISTA e esposa do lusitano, amigo e companheiro de trabalho Alcino (hehehe).Que seja muito bem vinda esta nova fase em sua vida e, claro, na do Alcino também (por tabela).

Como bem sabe, já fui “dono” de jornal, “jornalista”, colunista, diagramador, fotógrafo, participei de programa de rádio e outras funções que perpassam pela comunicação, além claro de trabalhar na TV Brasil. E, por conta desta pequena experiência, irei tecer alguns comentários sobre alguns pontos, de acordo com o que acredito e aprendi com outros, bem mais notáveis do que eu. Aliás extremamente mais notáveis!

Para começar, não caia no engodo da imprensa imparcial. Tudo que tem a participação humana, torna-se parcial. Quando esta parcialidade é explícita e assumida, no mínimo o veículo merece respeito, mesmo que não concordemos com sua linha editorial. Mas, quando travestida da “imparcialidade”, só podemos desconfiar e muito.

Outro ponto de conflito, é o Controle Social da Mídia. Controle este “vendido” para a sociedade como o retorno da censura. Grande mentira. Pode-se comparar a campanha dos Meios de Comunicação contra o Controle ao corporativismo de alguns juízes e advogados para não terem seus pares revistados nos Presídios ou seus atos questionados pela sociedade. Advogado pode levar arma para o presídio e homens do judiciário podem vender suas sentenças sem problemas. Na realidade, os donos dos meios de comunicação não querem é dar satisfação de seus atos. Podem denigrir uma imagem ou criarem uma falsa ao bel prazer. Exemplos clássicos foram a eleição de Collor e seu “impeachment”.

Sabemos que as notícias são manipuladas e o que, você jornalista pode fazer? Render-se? Viver de luz? Complicado né. Principalmente quando recém formada a procura de um espaço. Oliver Stones, cineasta americano, já questionou: “o que adianta viver na maior democracia do mundo, se todos leem as mesmas coisas”. Loucura, mas este será seu mundo daqui para frente. Submissa ou indignada? Só o tempo e as experiências por que passar vão te ajudar neste dilema e alicercear seu caráter. Agora é tempo ao tempo.

Saramago já nos disse que todo o jornalista deve ter o “dom”, ser sempre investigativo e ter a ética presente.Este deve ser o caminho a ser buscado, na minha opinião. A faculdade para colocar a técnica a serviço do “dom”. O caráter investigativo deve existir em quaisquer das áreas de trabalho. Se escreve sobre degustação, vá degustar antes de falar. E, finalmente, ele nos coloca que a ética deve estar para o jornalista assim como o zumbido está para o voo da abelha. Ele é ótimo!

Amiga... agora é com você! E não se preocupe se não concordar com o texto. Sinal que está LENDO e não passando os olhos. Parabéns por mais este degrau.

Te abraço e boa sorte.

domingo, 21 de novembro de 2010

O VOTO COMO ALEGORIA
Impressiona a fome de alguns em não permitir a diplomação do Tiririca. Tudo bem. A Lei exige que o candidato não seja analfabeto? Ele provou que não é.... Aliás, se diploma fosse sinônimo de austeridade, ética e cidadania, teríamos um excelente Congresso. Infelizmente a realidade se mostra diferente. Acredito que a cruzada contra a diplomação do Tiririca seja mais de cunho segregacional que legal.
Foram próximos 1,5 milhões de votos. Conscientes? De brincadeira? Ou um recado?
Particularmente, Tiririca não teria meu voto. Por qualquer motivo que me apresentem, acho um erro este tipo de voto. Sempre existirão opções, mesmo que poucas.
Já tivemos outros exemplos e nenhum deles deu em alguma coisa, pelo menos, não lembro. Juruna, Enéias, Clodovil, Macaco Tião e muitos outros. Até Mulher Melancia concorreu nesta última Eleição. Votos que tiveram seus 15 minutos de fama e nada mais. Sem qualquer efeito prático.
Agora o que realmente vem me preocupando...
O problema é que, este tipo de voto só vem confirmando o (auto) isolamento do cidadão do processo político. Aos poucos a ideologia, a ética e a política deixam de fazer parte da disputa eleitoral. Porque?
Segundo Eric Hobsbawn, em seu livro “Globalização, Democracia e Terrorismo”, o processo de privatização do Estado, iniciado desde da década de 70 (século passado), vem tirando das mãos dos governos as decisões e rumos a serem tomados, em benefício do bem estar da população.
Com a privatização dos serviços públicos, a lógica do “custo x benefício” muda do bem estar social para o lucro empresarial (mercado). O governante ou candidato, pode ter boas intenções e ideias e, ser eleito em consequência delas. Mas, na hora de governar, se o lucro estiver no oposto de sua campanha, é lá que a empresa detentora do serviço (público) irá trabalhar.
Como a lógica do mercado precisa cada vez menos da participação do cidadão, e mais do consumidor, o processo eleitoral vem mudando da disputa política ideológica para a disputa da melhor produção midiática. Por isso, em países de voto não obrigatório como os EUA, presidentes são eleitos com próximos 25% do total de votos possíveis. No Brasil, fica-se assustado com índices de abstenção próximo aos mesmos 25% (onde o voto é obrigatório). Nas atuais democracias liberais, bastam os mesmos 25% para se eleger Executivos e Parlamentos.
Por conta do exposto, vamos defender o fim da contagem de votos, a que se resume o atual processo? Claro que não! Nem eu e, com certeza, Hobsbawn defende algo perto disso.
Sempre afirmei e reafirmo que a democracia é muito difícil. Fácil é a ditadura – “baixa o pau e pronto” - seja feita a “minha” vontade.
Hoje, o processo ditatorial vem mascarado pela democracia de mercado. Não precisa-se mais “descer o pau”. Basta descaracterizar a Eleição. O poder econômico é quem decide quem participa ou não dos benefícios democráticos – leia-se do mercado. Processo ainda mais perverso que a ditadura explícita.
Por isso temos os “Tiriricas” (com e sem diplomas) dirigindo a nossa vida, enquanto representantes do povo. A consciência desta situação, talvez evitasse os 1,5 milhões que ele teve.
Te abraço.
Sérgio Mesquita.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

MEU VOTO EM 31.10.2010

Queridos parente e amigos.
Chegamos há um momento em que temos de nos despir de todos os preconceitos e conceitos para tomarmos uma decisão, talvez mais importante que a tomada na eleição de 2002.
Para tanto, primeiro é preciso desmascarar uma lenda criada ao longo destes últimos 8 anos, por aqueles que trabalham intensivamente para o retorno de uma política discriminatória com apogeu nos 8 anos do governo FHC/Serra.
A lenda criada é do “descolamento” do Governo Lula, do Lula, de uma política pensada e repensada ao longo de mais de 25 anos no seio do PT. Lula fez tudo sozinho a partir de sua privilegiada cabeça. Depois dele, se Dilma vencer, o monstro do PT irá ressurgir das trevas e destruir o país. Esta é a linha de campanha do Serra, de novo o medo (lembram da Regina Duarte).
Durante estes últimos 8 anos, assistimos sim uma mudança de rumo e atitudes que, como já dito, pensada ao longo de mais de duas décadas (não ignorando a história de luta de tempos passados). É claro e óbvio que este trabalho foi sim, facilitado pelo enorme carisma de um pernambucano que chegou em um “pau de arara” e conquistou o Brasil e o mundo, “esse é o cara”. Tive a oportunidade de almoçar por duas vezes com ele no início da década de 90 e, estar com ele pessoalmente durante a apuração do primeiro turno nestas eleições. Vi a mesma pessoa que, como meus cabelos, mais grisalho.
O que está em jogo nesta eleição não é quem é mais simpático ou simpática - por mais incrível que pareça, a preocupação de muitos dos que estão em dúvida. O que realmente está em jogo é a continuidade de um Projeto de Governo que, de forma efetiva começou a transformar a história de mais de 500 anos de colonialismo, para uma história de respeito e preocupação com povo brasileiro. O fim do “sim senhor” em vários idiomas pelo “muita calma nessa hora” em um claro e bom português. Você pode até não gostar mais é impossível fechar os olhos para as mudanças que ocorreram e irão continuar ocorrer com o nosso apoio.
Não queremos e nunca foi projeto do PT, apesar do apregoado pela imprensa, aumentarmos o mandato do Lula, muito menos desejo dele. Lembro aqui que, quem mudou a Constituição para aumentar seu mandado foi o FHC com apoio do Serra e asseclas.
Neste próximo 31.10, o voto não será na Dilma ou no Serra. O voto será dado para quem irá dar continuidade as conquistas obtidas e seus aprimoramentos. Será dado em quem acredita e sempre lutou e luta por dignidade e respeito a todo um povo. Ou podemos votar no discurso falso e hipócrita, daqueles que nunca se preocuparam com o povo ou com o país.
Do mesmo jeito que vi o mesmo Lula de anos atrás, conheci pessoalmente a Dilma. Uma Dilma nem mais bonita e nem mais feia, nem mais simpática ou antipática que sua imagem na televisão. Conheci a Dilma que, como meus amigos gaúchos comentam: “com ela tem que trabalhar”.
Meu voto por convicção e pelos últimos 8 anos é 13. Dilma presidente.
Te abraço.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

E O VOSSO REINO??? NADA???


O título acima, adaptado de uma passagem religiosa, serve bem para o texto que segue. Política e religião se misturam há muito, quando o objetivo é a satisfação de uns poucos em relação aos demais. Spock, em um dos filmes “Jornada nas Estrelas”, fala ao Kirk um pouco antes de falecer: “a necessidade de um não pode se sobrepor a necessidade de muitos”. Bonito né. Possivelmente em Vulcano, planeta de Spock, a frase seja uma regra. Já aqui, em nossa amada Terra... sei não.
E o vosso Reino? Nada? Só o venha a nós?
Este é o tratamento que as grandes nações do Conselho de Segurança da ONU (EUA, Alemanha, França, Inglaterra e Rússia) dão aos demais países: o venha a nós. O vosso reino é somente vosso nunca nosso.
Esta linha de raciocínio é a que permite a estes países produzirem e explodirem bombas (nucleares ou não), colocarem seus exércitos, sempre em nome da democracia e liberdade, na casa de outros habitantes do planeta. Com ou sem o aval do próprio órgão que fazem parte (vide invasão do Iraque).
Aliás, em relação ao Iraque, ficou mais que provado que a documentação apresentada para justificar a invasão (condenada pela ONU), era falsa. Teve jornalista britânico, da BBC, suicidando quando descobriu-se usado pelo governo. Agora é o Irã, que já foi aliado, a exemplo do mesmo Iraque.
É esta linha ideológica, dogmática, que permite a países que nunca realizaram eleições, suas mulheres não podem estudar e são apedrejadas, são considerados exemplos de civilidade e cidadania. Nestes países, você sempre encontrará uma “Base Militar Aliada” e/ou produtos de interesses estratégicos, comerciais ou não, para os guardiões da paz.
Por outro lado, países vizinhos aos acima, com a mesma religião e realizando eleições, são inimigos do mundo. Não respeitam os direitos humanos e praticam crimes inenarráveis. Normalmente, estes países não são lá tão subservientes as necessidades comerciais e expansionistas dos cinco paladinos.
Temos nossos exemplos aqui também. Em nossas Américas, Zelaia presidente de Honduras, foi derrubado porque tentou mudar a Constituição para, em eleição, disputar um segundo mandato (lembram de FHC). Na Colômbia, Uribe com as mesmas manobras, quer seu terceiro mandato. Na Colômbia, permitiu-se a instalação de Base Militar Americana. Lá, o presidente deve até merecer mais mandatos.
Esta introdução, que poderia ser bem maior em consequência da quantidade de exemplos, é só para dividir com vocês minha opinião sobre a atitude dos cinco paladinos, em relação ao acordo em que Brasil e Turquia fecharam com o Irã. HIPOCRESIA PURA.
Para os EUA não interessa nenhum acordo. O governo ainda não se recuperou. Ainda estão atônitos por causa do atentado das Torres. Para piorar, muitos de sua população, mesmo sem acreditar, não acham impossível ter sido alguma coisa interna ou permitida de maneira tácita.
Com tudo isso, precisam-se de novas guerras, de novos financiamentos para a indústria da guerra e do petróleo, tudo pela manutenção do poder.
Não se assustem se daqui a pouco, nós sermos os alvos. O petróleo tá acabando? Tá! Mas e água como está? Quem tem água potável a céu aberto em quantidade? Quem pensou na Amazônia acertou. Ouro, minérios diversos, Urânio e muita, muita água.
A internacionalização da Amazônia, que já foi sugerida anteriormente, logo será pauta do Conselho de Segurança da ONU, dos cinco paladinos da justiça e paz. Vão dizer que não respeitamos nossos índios e a floresta. Logo eles, que mataram os seus. HIPOCRESIA.
Te abraço.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Existe mídia sem ideologia???

O Texto abaixo nos mostra bem como funciona a nossa “liberdade de imprensa”, tanto para o bem como para o mal.
Quando nossa imprensa democrática, apolítica e sem partido “grita” que querem resgatar a censura, na verdade querem somente a manutenção de seus status.
Oliver Stones (cineasta americano), como já escrevi em alguns textos, denuncia bem este fato com uma pequena frase: “Como podemos viver na maior democracia do mundo se todos leem as mesmas notícias”.
A minha intenção é somente demonstrar que, independente da esquerda ou direita, devemos ler com muito carinho as notícias que nos são permitidas ler e, filtrá-las. Não podemos simplesmente repassar qualquer mensagem que nos chegue a alcance. Pensemos!
Te abraço.
Sérgio Mesquita

Operação "Tempestade no Cerrado": o que fazer?

O PT é um partido sem mídia...
O PSDB é uma mídia com partido...
Mauro Carrara

"Tempestade no Cerrado": é o apelido que ganhou nas redações a operação de bombardeio midiático sobre o governo Lula, deflagrada nesta primeira quinzena de Março, após o convescote promovido pelo Instituto Millenium.
A expressão é inspirada na operação "Tempestade no Deserto", realizada em fevereiro de 1991, durante a Guerra do Golfo.
Liderada pelo general norte-americano Norman Schwarzkopf, a ação militar destruiu parcela significativa das forças iraquianas. Estima-se que 70 mil pessoas morreram em decorrência da ofensiva.
A ordem nas redações da Editora Abril, de O Globo, do Estadão e da Folha de S. Paulo é disparar sem piedade, dia e noite, sem pausas, contra o presidente, contra Dilma Roussef e contra o Partido dos Trabalhadores.
A meta é produzir uma onda de fogo tão intensa que seja impossível ao governo responder pontualmente às denúncias e provocações.
As conversas tensas nos "aquários" do editores terminam com o repasse verbal da cartilha de ataque.

1. Manter permanentemente uma denúncia (qualquer que seja) contra o governo Lula nos portais informativos na Internet.
2. Produzir manchetes impactantes nas versões impressas. Utilizar fotos que ridicularizem o presidente e sua candidata.
3. Ressuscitar o caso "Mensalão", de 2005, e explorá-lo ao máximo.
4. Associar Lula a supostas arbitrariedades cometidas em Cuba, na Venezuela e no Irã.
5. Elevar o tom de voz nos editoriais.
6. Provocar o governo, de forma que qualquer reação possa ser qualificada como tentativa de "censura".
7. Selecionar dados supostamente negativos na Economia e isolá-los do contexto.
8. Trabalhar os ataques de maneira coordenada com a militância paga dos partidos de direita e com a banda alugada das promotorias.
9. Utilizar ao máximo o poder de fogo dos articulistas.

Quem está por trás

Parte da estratégia tucano-midiática foi traçada por Drew Westen, norte-americano que se diz neurocientista e costuma prestar serviços de cunho eleitoral.
É autor do livro The Political Brain, que andou pela escrivaninha de José Serra no primeiro semestre do ano passado.
A tropicalização do projeto golpista vem sendo desenvolvida pelo "cientista político" Alberto Carlos Almeida, contratado a peso de ouro para formular diariamente a tática de combate ao governo.
Almeida escreveu Por que Lula? e A cabeça do brasileiro, livros que o governador de São Paulo afirma ter lido em suas madrugadas insones.

O conteúdo

As manchetes dos últimos dias, revelam a carga dos explosivos lançados sobre o território da esquerda.
Acusam Lula, por exemplo, de inaugurar uma obra inacabada e "vetada" pelo TCU.
Produzem alarde sobre a retração do PIB brasileiro em 2009.

Criam deturpações numéricas.

A Folha de S. Paulo, por exemplo, num espetacular malabarismo de ideias, tenta passar a impressão de que o projeto "Minha Casa, Minha Vida" está fadado ao fracasso.
Durante horas, seu portal na Internet afirmou que somente 0,6% das moradias previstas na meta tinham sido concluídas. O jornal embaralha as informações para forjar a ideia de que havia alguma data definida para a entrega dos imóveis.
Na verdade, estipulou-se um número de moradias a serem financiadas, mas não um prazo para conclusão das obras. Vale lembrar que o governo é apenas parceiro num sistema tocado pela iniciativa privada.
A mesma Folha utilizou seu portal para afirmar que o preço dos alimentos tinha dobrado em um ano, ou seja, calculou uma inflação de 100% em 12 meses.
A leitura da matéria, porém, mostra algo totalmente diferente. Dobrou foi a taxa de inflação nos dois períodos pinçados pelo repórter, de 1,02% para 2,10%.
Além dos deturpadores de números, a Folha recorre aos colunistas do apocalipse e aos ratos da pena.
É o caso do repórter Kennedy Alencar. Esse, por incrível que pareça, chegou a fazer parte da assessoria de imprensa de Lula, nos anos 90.
Hoje, se utiliza da relação com petistas ingênuos e ex-petistas para obter informações privilegiadas. Obviamente, o material é sempre moldado e amplificado de forma a constituir uma nova denúncia.
É o caso da "bomba" requentada neste março. Segundo Alencar, Lula vai "admitir" (em tom de confissão, logicamente) que foi avisado por Roberto Jefferson da existência do Mensalão.

Crimes anônimos na Internet

Todo o trabalho midiático diário é ecoado pelos hoaxes distribuídos no território virtual pelos exércitos contratados pelos dois partidos conservadores.
Três deles merecem destaque...


1. O "Bolsa Bandido". Refere-se a uma lei aprovada na Constituição de 1988 e regulamentada pela última vez durante o governo de FHC. Esses fatos são, evidentemente, omitidos. O auxílio aos familiares de apenados é atribuído a Lula. Para completar, distorce-se a regra para a concessão do benefício.
2. Dilma "terrorista". Segundo esse hoax, além de assaltar bancos, a candidata do PT teria prazer em torturar e matar pacatos pais de família. A versão mais recente do texto agrega a seguinte informação: "Dilma agia como garota de programa nos acampamentos dos terroristas".
3. O filho encrenqueiro. De acordo com a narração, um dos filhos de Lula teria xingado e agredido indefesas famílias de classe média numa apresentação do Cirque du Soleil.

O que fazer

Sabe-se da incapacidade dos comunicadores oficiais. Como vivem cercados de outros governistas, jamais sentem a ameaça. Pensam com o umbigo.
Raramente respondem à injúria, à difamação e à calúnia. Quando o fazem, são lentos, pouco enfáticos e frequentemente confusos.
Por conta dessa realidade, faz-se necessário que cada mente honesta e articulada ofereça sua contribuição à defesa da democracia e da verdade.

São cinco as tarefas imediatas...

Cada cidadão deve estabelecer uma rede com um mínimo de 50 contatos e, por meio deles, distribuir as versões limpas dos fatos. Nesse grupo, não adianda incluir outros engajados. É preciso que essas mensagens sejam enviadas à Tia Gertrudes, ao dentista, ao dono da padaria, à cabeleireira, ao amigo peladeiro de fim de semana. Não o entupa de informação. Envie apenas o básico, de vez
em quando, contextualizando os fatos.

1. Escreva diariamente nos espaços midiáticos públicos. É o caso das áreas de comentários da Folha, do Estadão, de O Globo e de Veja. Faça isso diariamente. Não precisa escrever muito. Seja claro, destaque o essencial da calúnia e da distorção. Proceda da mesma maneira nas comunidades virtuais, como Facebook e Orkut. Mas não adianta postar somente nas comunidades de política.
2. Faça isso, sem alarde e fanatismo, nas comunidades de artes, comportamento, futebol, etc. Tome cuidado para não desagradar os outros participantes com seu proselitismo. Seja elegante e sutil.
3. Converse com as pessoas sobre a deturpação midiática. No ponto de ônibus, na padaria, na banca de jornal. Parta sempre de uma concordância com o interlocutor, validando suas queixas e motivos, para em seguida apresentar a outra versão dos fatos.
4. Em caso de matérias com graves deturpações, escreva diretamente para a redação do veículo, especialmente para o ombudsman e ouvidores. Repasse aos amigos sua bronca.
5. Se você escreve, um pouquinho que seja, crie um blog. É mais fácil do que você pensa. Cole lá as informações limpas colhidas em bons sites, como aqueles de Azenha, PHA,Grupo Beatrice, entre outros. Mesmo que pouca gente o leia, vai fazer volume nas indicações dos motores de busca, como o Google. Monte agora o seu.

A guerra começou. Não seja um desertor.