segunda-feira, 21 de maio de 2018

Resposta a Matéria do O Globo de 20.05.18


Lendo nas redes sociais a matéria do O Globo (não compro o jornaleco e nem assisto sua versão televisiva), publicada neste domingo, 20.05, arrisco-me em algumas considerações, após um rápido histórico das escolhas políticas dos “marinhos” da vida.

Quem são seus editorialistas para opinarem na administração econômica dos entes federados? Desde a década de 50, século passado, que só divulgam o que for de interesses de suas corporações ou, daquelas que respondem lá de fora. Ninguém acredita mais em vocês, bastam mostrarem o balanço de suas publicações ou a atual audiência na televisão. Inventam e ignoram fatos em benefício de interesses próprios - basta uma pequena análise sobre a questão do “triplex do Lula”. Mas vamos ao texto.

Seus 2 primeiros parágrafos deixam clara a intenção do texto: as eleições de 18 (se acontecerem) e as de 2020, municipais, como deixa claro o texto, ao darem continuidade as críticas à administração do PT em seu terceiro mandato em Maricá. A narrativa da má administração mesmo após Quaquá ter saído com mais de 80% de aprovação e o Fabiano manter e aumentar este índice. Só interessa a construção de uma narrativa que vá ao encontro de seus interesses.

Ainda em seu segundo parágrafo, a confirmação dos interesses políticos. Até há pouco tempo, a Petrobras devia ser privatizada por ser deficitária e ineficiente, mas para combater a única cidade administrada pelo PT no RJ, a empresa vai de bem a melhor, com promessas de aumento de sua produção e dividendos. Haja paciência.

No terceiro e quarto parágrafos, volta a narrativa com a citação das más administrações anteriores, dando como certa a sua repetição pela administração de Maricá, citada explicitamente a partir dos próximos parágrafos. De novo os interesses pessoais/políticos. Essas administrações só passaram a ser ruins recentemente, nos atuais tempos de golpe. Antes eram exemplos em suas páginas e vídeos. Curioso é que só nos estados administrados pelo PT e pelo Pc do B, não houve atraso de pagamentos e fechamentos de escolas e hospitais. No Rio, só Maricá construiu novas escolas, creches (até então inexistentes), um novo hospital e paga seus funcionários dentro do mês. Tarifa zero em sua empresa de transporte, uma moeda social estudada no mundo, cessão de posse de terras e muito mais. Mas administra mal, segundo o jornal.

No quinto e sexto parágrafos, fica explícito o forçar narrativo contra a cidade. Cita os erros (antes acertos) do Rio e coloca como certo suas repetições pela administração local. Dá exemplos que são sim verdadeiros, Maricá vai realizar concurso público para professores, médicos e outras profissões. Até porque experimenta um processo de crescimento artificial de sua população por conta das administrações políticas de seu entorno e Estado, bem como a exploração da insegurança pela mídia. A população cresce e o MP vai cobrar a real necessidade de vagas nas escolas e atendimento médico. Mas, para o jornal...é administrar mal.

Em nenhum momento o jornal informa os projetos que permitirão a subsistência da cidade no pós royalties. Temos um porto que não inicia suas obras por questões colocadas como ambientais (e são). Mas não se discute, por exemplo, que a política também impede a sua realização (a má política), quando não é de interesses dos demais portos, a operação portuária em Maricá, que possui o maior calado da América do Sul para operação dos grandes navios. Não cita a criação do Parque Tecnológico e do Industrial, que iniciarão atendendo as questões do petróleo, mas com diretiva de manter a cidade no pós-roylties. O aeroporto que passará atender o campo de Lula, a custo mais baixo para as operadoras das plataformas e depois ao PqT e PqI, e a interligação de todo o município por fibra ótica, em execução.

A questão da água e saneamento citados “en passant”, não informa que está em negociação com a CEDAE a construção de uma barragem em Tanguá, com dinheiro de Maricá, para atender o município e seu entorno. O governo também negocia assumir a coleta do esgoto no município e seu tratamento, com a construção de duas estações (ETEs) e sua “eliminação” via emissário submarino. Mas administra mal seus recursos, segundo o jornal.

E para finalizar em grande estilo, de novo por possíveis interesses corporativos, encerra trazendo a baila, uma nova rediscussão sobre a distribuição dos royalties, a partir das “más administrações” antes apoiadas e hoje colocadas como premiadas pela distribuição dos royalties.

Há braços,

Sérgio Mesquita
Sec. de Ciência, Tecnologia e Comunicações de Maricá
Executiva do PT-Maricá