terça-feira, 15 de abril de 2014

Uma análise de conjuntura acertada.


(Texto construído para o curso de Difusão Política-RJ da FPA)

Vou falar sobre Maricá e como foi traçada luta de mais de 20 anos até a chegada a Prefeitura e seu andamento hoje.

Desde tempos idos que se elegeu como o principal entrave, para o crescimento da cidade o monopólio da empresa de ônibus, Nsa. Sra. do Amparo. A empresa sempre teve na mão a política local. Independente do candidato que se elegesse, nada mudava para ela. Em segundo lugar, identificávamos o empresariado local que, por sua vez, também bebia nas águas da empresa de ônibus. 

Sempre nos colocamos, acertadamente, como a única força política – mesmo quando pequeninos – que poderia mudar esta história e colocar Maricá no mapa do Brasil. Decisão que nos custou muitos anos de luta e insistência na mesma tecla.

Em 2004 quase nos elegemos, em 2008 ganhamos e nos reelegemos agora em 2012. Foram vários os momentos ruins no primeiro mandato, a Prefeitura estava mais “pelada” que nossa Mata Atlântica. Dívidas para pagar, HDs “apagados” e muito mais. Assumimos literalmente a luz de vela o governo municipal. 

Mas mesmo com todos os problemas, a linha de atuação foi mantida, brigar pelo fim do monopólio do transporte e mudar e “elite” econômica da cidade. Ou seja, cortar o mal pela raiz. 

Mantida a linha, hoje, agora em maio, começam a rodar os primeiros ônibus da Empresa Municipal de Transporte Público, dotados de ar condicionado, Wi Fi, GPS, acessibilidade, circuito de TV e sistema de segurança, com transmissão “on line” para a central de controle. 

Em relação ao empresariado local, a Prefeitura investiu pesado – aproveitando a proximidade do COMPERJ – na “venda” do município para os empreendimentos afins com o complexo petrolífero. Inclusive participando Feiras de Negócios na Itália e França, o que redeu reuniões com os governos japonês e chinês para tratar da questão do transporte sobre trilho. 

Outras empresas de várias nacionalidades procuram o governo municipal para tratar de possíveis instalações em Maricá. Não só na área do Petróleo, mas também na área do turismo e lazer. 

Mas ao contrário do que acontece normalmente, as contrapartidas não são só por parte do governo, mas principalmente são cobradas pelo governo às empresas que aqui pretendem se instalar. Estas contrapartidas estão permitindo ao município, praticamente, ter pela primeira vez, coleta de esgoto, seu tratamento e futuro descarte no emissário submarino que também será construído.

Estes e muitos outros benefícios estão acontecendo, em consequência direta do que foi planejado há 20 anos pelo menos. 
O impacto da empresa municipal de transporte, que começará a rodar com passagens inferiores ao cobrado pelas privadas, mais a promessa de em quatro anos, a passagem ser gratuita, quebrou e muito o poder dos donos do monopólio (mas a luta continua acirrada). Somando-se aos ônibus, também estão planejados e em estado avançado de estudo, os transportes aquaviario e sobre trilhos.

Em relação à “elite” econômica, seu poder já quase não existe. As chegadas de novos empreendimentos e de lojas de varejos com nome no mercado estão fazendo com que muitos dos negociantes de Maricá passem a ver o governo com outros olhos e, aqueles mais contrários, estão ficando isolados, no limbo. 

Ainda temos muitos problemas e muito por fazer, mas o bom levantamento da conjuntura local, feita ainda no final da década de 80 e inicio da de 90 ajudou e muito na hora de decidir qual o rumo de nossa atuação no município. É claro que com o passar dos anos, houve mudanças nas estratégias, mas a linha central se manteve a mesma. O que nos deu força e credibilidade junto á população. 

Sofremos no poder o que todos sofrem. Mentiras e intrigas são criadas e/ou forjadas, mas nunca falaram que recebemos dinheiro da empresa de ônibus.