sexta-feira, 28 de junho de 2013

CULTURA

Ela que transforma, forma e encanta
Por Kelly Kristiny Lima

Do que se faz cultura? Uma pergunta pertinente, que intriga a humanidade. Alguns, simplesmente reproduzem o famoso senso comum, o viver em sociedade. Outros irão responder que cultura não se faz para atingir o outro, mas sim para transformar o modo de ver, ouvir e pensar. Boas respostas, mas não as únicas, na realidade nenhuma que possa condizer com o que realmente é. Cá pra nós, a cultura se faz de muito mais que apenas transformar o cotidiano e o ser humano, muito mais do que ser o cotidiano.
A Casa de Cultura de Maricá não poderia ter outro sentido que não o de exalar cultura, desde sua história até seus momentos vividos na atualidade. São formigas de tamanho gigante que transbordam pela entrada da antiga cadeia municipal, até um improviso musical, porém mágico, que surge de uma simples conversa de apresentação, arrisco dizer, não mais que profissional. Porém, me iludo dizer não mais. Claro, uma apresentação profissional, mas que trouxe consigo o jovem Vander Linhares, munido de sua rabeca, uma proposta de cultura não intencionada. Sim, em poucos minutos a atmosfera da pequena sala, onde trabalham funcionários da Secretaria de Cultura, se transformou! O clima de conversa descontraída ficou mais leve do que sempre esteve e se tornou suave ao som da rabeca pairando no ar. Mell Meirelles não se permitiu só olhar a cultura que transbordava de todos que ali se encontravam, avistou um “tam-tam” e o ativou ao pousar suas mãos sobe o couro que o reveste. Logo invadia nossos ouvidos o famoso forró Asa Branca. Ah! Quanta cultura ingerimos, respiramos, absorvemos nesse ambiente!
Os trabalhadores desta Secretaria estavam fazendo cultura! Não mais que o dever da equipe e deste prédio. Transformaram uma simples “entrevista profissional” num momento que exalava o espírito dos trabalhadores que se unem todos os dias para transformar, o que já dizia Délcio Teobaldo, “é ventos” em CULTURA!
Arrisco palpitar que cultura, é isso! É o ser, ver, transformar, encantar, compreender, sentir, doar, o que temos, sabemos, somos, vivemos e aprendemos nessa vida!
 Como escrever sobre a Casa de Cultura e nosso papel em Maricá e no mundo, depois do belo texto escrito acima? Escrito a partir da emoção de mais um dia de trabalho, por uma fazedora de Cultura.
Cultura é emoção. E é com emoção que devem trabalhar aqueles que pensam e vivem a Cultura. Não fazer para si, mas para o próximo, para além das fronteiras da Casa, para além do Município, para o Mundo.
A Cultura nasce nos recantos, nas mãos dos mais humildes e dos mais abastados.
Do mesmo jeito que lutamos para que não desapareça, resista em seu nascedouro, seu recanto, devemos apresenta-la ao mundo e recebe-la do mundo. Não sejamos egoístas e nem egocentristas. Fazer, viver, transformar a Cultura é fazê-la viva para o mundo. Este é o papel da Casa de Cultura. Esta é nossa sina.
Sérgio Mesquita
Secretário de Cultura de Maricá