A Luta de Classes continua acirrada no mundo e em especial
no Brasil. Apesar de todos os avanços nas políticas públicas, obtidas nestes
últimos 10 anos, continuamos sofrendo do mesmo mal que, na década de 60,
permitiu o acontecimento do Golpe de 64 - O domínio dos meios de comunicação nas mãos de
6 famílias.
Estas famílias, que em nome da liberdade de expressão,
manipulam os fatos, não permitem e não desejam que o povo brasileiro seja
autossuficiente e muito menos que, este mesmo povo possa se governar. Constroem
as imagens de seus interesses e tentam desconstruir as que não são de seus
interesses. Fabricam mentiras e escondem a verdade.
Esta realidade pode ser confirmada nos últimos 50 anos,
analisando-se quatro grandes episódios de nossa recente história: O Golpe
Militar de 64, a Campanha pelas Diretas, a eleição do Collor e hoje o Mensalão.
Basta uma rápida análise, mesmo que superficial, para encontrarmos um
denominador em comum – Em todos os casos, a mídia trabalhou e continua
trabalhando contra o povo e sua autodeterminação. Deturpam a notícia em favor de
da acumulação do capital.
Este processo se mantém forte, muito devido à estratégia dos
militares golpistas que investiram no desmantelamento da Educação. As gerações
que se seguiram aos anos 60 e 70, aos poucos foram sendo “desmemorializadas” e
transformadas em “apertadores de parafusos”, a chamada “geração Coca-Cola”.
Somente uma pequena parte da população conseguiu algum tipo de Educação e mesmo
essa parte, sem saber como pensar e construir alternativas para a sociedade
como um todo.
A esquerda por sua vez, ainda não consegue se contrapor por
ter adotado uma política de bom comportamento, assumindo em algumas situações
discursos antes negados. Vê-se em uma encruzilhada. Retoma, com as devidas atualizações,
a Luta de Classe e se vê taxada de “dinossauro” pela mídia ou, em nome da
modernidade, quase se entrega ao discurso oficial, estampado nas primeiras
páginas dos jornais como O Globo, Estadão, Folha e outras publicações de
caráter reacionário.
O presente Projeto tem por objetivo resgatar o outro lado da
história. A história daqueles que lutaram contra a opressão e os assassinatos
que se seguiram por duas décadas de Ditadura.
Contrapor-se ao discurso oficial e desnudar o outro lado da
história, faz parte da luta de um Governo socialista que busca a igualdade e
justiça para o conjunto de sua população. É dever da Secretaria de Cultura não
só apoiar como também participar ativamente desta luta de resgate da memória de
um período também conhecido como os “anos de chumbo”. O presente Projeto se
encaixa bem neste perfil quando utilizando-se de várias mídias, resgata os
fatos históricos e os expõe para discussão a partir de uma visão crítica. É a
informação transformada em conhecimento.