quarta-feira, 13 de março de 2013

JUSTIFICATIVA DO PROJETO "GOLPE DE 64 A HISTÓRIA QUE NÃO FOI CONTADA" PARA SECRETARIA DE CULTURA DE MARICÁ



A Luta de Classes continua acirrada no mundo e em especial no Brasil. Apesar de todos os avanços nas políticas públicas, obtidas nestes últimos 10 anos, continuamos sofrendo do mesmo mal que, na década de 60, permitiu o acontecimento do Golpe de 64 -  O domínio dos meios de comunicação nas mãos de 6 famílias.
Estas famílias, que em nome da liberdade de expressão, manipulam os fatos, não permitem e não desejam que o povo brasileiro seja autossuficiente e muito menos que, este mesmo povo possa se governar. Constroem as imagens de seus interesses e tentam desconstruir as que não são de seus interesses. Fabricam mentiras e escondem a verdade.
Esta realidade pode ser confirmada nos últimos 50 anos, analisando-se quatro grandes episódios de nossa recente história: O Golpe Militar de 64, a Campanha pelas Diretas, a eleição do Collor e hoje o Mensalão. Basta uma rápida análise, mesmo que superficial, para encontrarmos um denominador em comum – Em todos os casos, a mídia trabalhou e continua trabalhando contra o povo e sua autodeterminação. Deturpam a notícia em favor de da acumulação do capital.
Este processo se mantém forte, muito devido à estratégia dos militares golpistas que investiram no desmantelamento da Educação. As gerações que se seguiram aos anos 60 e 70, aos poucos foram sendo “desmemorializadas” e transformadas em “apertadores de parafusos”, a chamada “geração Coca-Cola”. Somente uma pequena parte da população conseguiu algum tipo de Educação e mesmo essa parte, sem saber como pensar e construir alternativas para a sociedade como um todo.
A esquerda por sua vez, ainda não consegue se contrapor por ter adotado uma política de bom comportamento, assumindo em algumas situações discursos antes negados. Vê-se em uma encruzilhada. Retoma, com as devidas atualizações, a Luta de Classe e se vê taxada de “dinossauro” pela mídia ou, em nome da modernidade, quase se entrega ao discurso oficial, estampado nas primeiras páginas dos jornais como O Globo, Estadão, Folha e outras publicações de caráter reacionário.
O presente Projeto tem por objetivo resgatar o outro lado da história. A história daqueles que lutaram contra a opressão e os assassinatos que se seguiram por duas décadas de Ditadura.
Contrapor-se ao discurso oficial e desnudar o outro lado da história, faz parte da luta de um Governo socialista que busca a igualdade e justiça para o conjunto de sua população. É dever da Secretaria de Cultura não só apoiar como também participar ativamente desta luta de resgate da memória de um período também conhecido como os “anos de chumbo”. O presente Projeto se encaixa bem neste perfil quando utilizando-se de várias mídias, resgata os fatos históricos e os expõe para discussão a partir de uma visão crítica. É a informação transformada em conhecimento.