domingo, 19 de junho de 2016

QUEM SOMOS NO TABULEIRO DO GOLPE...

Qual a importância de Maricá nesse mundo chamado de Brasil

Título estranho né? Importância de Maricá? Até há pouco tempo nem no mapa do RJ estávamos. Importância no Brasil? Coisa de petista!

Verdade. É coisa de petista sim. Mas não somos os únicos que pensam para além do umbigo, que botam os pés para além das fronteiras do “quadrado”, ao contrário do que preconiza a música. Se você, que pode ou não ser petista, não persegue a linha do horizonte, não tem uma utopia e, não é minimamente curioso, aconselho que pare a leitura por aqui. Mas se for minimamente curioso, acho que vale a pena, sem falsas modéstias. Aliás, sempre me vi como aquele que busca extremar as situações. Deixo para os demais a mediação, o acordar uma posição em comum. Meu papel é esticar a corda. Provocar!

Chega, já deu! Voltemos a Maricá e o Brasil de hoje.

Afirmo e reafirmo sem presunções, mas com convicção, que vivemos um processo golpista e criminoso, que depende do esfacelamento de nosso curtíssimo período democrático, e de qualquer resquício de Lei. Um período em que a Constituição, é ignorada ou destruída em nome de um deus de existência recente, chamado Mercado. Não vou aprofundar-me nas justificativas, mas vou sintetizar em um único fato ocorrido em 2005 -  quando o Governo Federal definiu que o PRÉ SAL era da Petrobras, era do Brasil e para os brasileiros. De lá para cá, incentivados pelas Seis Irmãs do petróleo, o golpe contra o Brasil começou. Passou pela farsa criminosa do “Mentirão” e segue em sua nova fase na “Lava Jato”, que não tem interesse em lavar nada. Pior, como coloca Marilena Chauí, com grandes possibilidades de assassinatos por aqui. Pois as Seis Irmãs desde os anos 70 (século passado), promovem guerras, derrubadas de governos e assassinatos para atingirem seus objetivos. Isso é fato, não é especulação. Aqui encerramos o Brasil.

Neste período conturbado de nossa história, local e nacional, Maricá vem se destacando por conta de seu governo petista, em seu segundo mandato. As Leis aqui aprovadas e colocadas em prática fizeram que o município e seu Prefeito, Washington Quaquá, acabassem por virar referência nacional de Governo que busca o fim das desigualdades em seu território, através da redistribuição de renda aliada ao crescimento econômico do município. Pois no meio a uma crise financeira internacional, e uma crise política amoral e aética por que passa o Brasil, Maricá se sobressai. Municípios e mesmo estados, fecham hospitais e escolas, paralisam suas obras e não pagam seus funcionários. Maricá constrói um novo hospital, urbanizando suas vias e praças (saímos de 69 Km de ruas asfaltadas em quase 200 anos, para quase 500 Km em 8 anos), constrói moradias, creches municiais que antes eram inexistentes, e traz para o munícipio o Instituto Federal Fluminense. Ainda estuda a construção e criação de uma universidade municipal, reforma as escolas e projeta os Centros Populares de Educação Integral.  O Governo garante a seus estudantes uniforme completo, material didático, transporte escolar e uma merenda de qualidade. Prepara o município para receber o Porto de Jaconé, as indústrias decorrentes da construção e a manutenção dos negócios e empregos que serão gerados a partir do Porto e do COMPERJ. Seus funcionários recebem em dia, sem atraso e dentro do mês. O professorado de Maricá recebe um salário que está entre os mais altos do país. O Turismo passa por transformações nunca antes imaginadas, contemporizando a chegada de grandes hotéis com o turismo ecológico. Também criou e colocou em funcionamento a Empresa Pública de Transportes – EPT, com tarifa zero, provando para a classe política do país que é possível SIM uma política de transportes que respeite os trabalhadores e que seja gratuita.

Pelo exposto acima e pelos projetos que estão em gestação pela frente, Maricá virou um “péssimo exemplo” de governo a ser seguido. Em especial pelos políticos corruptos que defendem o Golpe contra a democracia brasileira e a Constituição de 88 - um exemplo que deve ser riscado do mapa - assim pensam eles, conservadores e vassalos do capital financeiro. Assim pensam eles - sofredores do complexo de vira-latas que sonham com um apartamento em Miami - a democracia só deve atender aos interesses deles e não o de todos.

Esses políticos se juntarão para que esse projeto de crescimento aliado à qualidade de vida seja interrompido, como estão fazendo com o projeto nacional dos governos Lula e Dilma. Não estão preocupados e nem se interessam com o bem estar da população. Só se interessam com suas contas bancárias e retorno ao feudalismo, onde eles podiam se considerar deuses, acima do bem e o mal. O município de Maricá está inserido nesse processo de disputa ideológica, a favor do entreguismo, de retorno à um passado próximo, onde a classe dominante local sonhava com o retorno do “direito de pernada”, onde a primeira noite de uma noiva era com o seu senhor e não com o marido.

As eleições municipais que ocorrerão em todo o Brasil em outubro desse ano terão o caráter plebiscitário, para além do nome que assumirá a Prefeitura. Estará em jogo qual a linha de pensamento que o governo terá. Seja uma linha de inclusão ou de exclusão de sua população no processo produtivo. Quem vai decidir é você que lê esse texto. Se vai votar naquele candidato que te promete o imediatismo de algumas vantagens pessoais, ou as vantagens de ser parte de um governo que pensa o todo e não o imediato. O que espera para o futuro de seus filhos em Maricá? Um município para todos ou somente para alguns, como até há pouco tempo?

Os olhos estarão voltados para Maricá e outras poucos cidades como São Paulo, onde seus governos pensam em seus trabalhadores a partir de políticas humanas e não do consumo. O trabalhador como cidadão e não como um peão a ser sacrificado no xadrez do poder. “Inté” outubro.

Sérgio Mesquita

Secretário de Formação do PT-Maricá