quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

NORMALIZAÇÃO: Nada se cria, nada se perde e nada se Transforma

 O título nada mais é do que uma brincadeira com a Lei de Lavoisier: nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Mas no mundo em que vivemos, em especial no Brasil, tudo é normalizado. Da ameaça de morte a um presidente recentemente eleito a um simples esbarrão, tudo pode acabar, ou começar, em tiro e nada será feito. Ninguém será incomodado pela LEI ou pelas autoridades. Em especial quando os implicados forem cidadãos de bem. A ponto de todos acharem graça, quando um bando de imbecis ficam mandando sinais luminosos, com seus celulares na cabeça, talvez na esperança de contactarem um Darth Vader e o lado escuro da Força. Até porque, Luke, a princesa Leia, Obi-Wan Kenobi e Hans Solo, ficariam no mínimo incomodados com a situação.

Este processo vem se “normalizando” desde o momento que se passou a criminalizar a política, antecedido pela fakes news e a lawfare, que são processos seculares, hoje com nome moderninho. O problema é que hoje, temos a Internet que tanto pode ser usada para o bem como para o mal. Depende só de você...

Fato, é que na pandemia, todos torciam por um Novo Normal. E eu dizia que Novo Normal seria cocô perfumado, e torcia para que aprendêssemos a lição que a Natureza nos colocou/coloca e transformássemos este mundo. Mas continuamos a passos largos na direção de sua extinção, como se os dois anos da COVID-19 sequer tenham existido.

Délcio Teobaldo, minerim de Maricá, tinha uma frase que repito e escrevo muito, que representa bem o que devemos fazer: Transformar em imperdoável o que hoje é aceitável. Pois lembrei muito da frase no evento de lançamento da Semana dos Direitos Humanos, que aconteceu em Maricá, neste dia 06.12.22. Todas as falas foram verdadeiras e centralizadas no tema e na necessidade de se empoderar a população do que acontece em Maricá e o porquê acontece. Uma discussão que também não é nova e continua pertinente, aqui e no Brasil.

Fato, e sentimos isso na pele, é que hoje não basta só esclarecer, também temos que DES-normalizar as nossas vidas e visões de mundo. Podemos oferecer os melhores projetos para o município, melhorar a vida de muitos. Mas enquanto vivermos o Normal ou o Novo Normal, continuaremos vivendo em um Estado de Exceção, onde crimes acontecem diariamente e nada se faz.

Precisamos TRANSFORMAR EM IMPERDOÁVEL O QUE HOJE É ACEITÁVEL.

Há braços.

Sérgio Mesquita