terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Quando a luta é baseada no amor e respeito ao próximo

As diferenças, infelizmente, são gritantes quando da disputa política entre direita e esquerda no Brasil. Assistimos nossa “democrática” mídia, de maneira plácida, quase que suspirante, noticiar ou não dar as notícias nos “tons” que deveria dar se não estivesse atuando como verdadeiros partidos políticos. Refiro-me especialmente às empresas de notícias, que ignoram ou, mais precisamente se “lixam”  para o fato de serem detentoras temporais de concessão pública.

Pessoas como ”bolsonaros” vão armadas para comícios, escolhem quem deveriam ou não estuprar e, se não fossem as redes sociais, nada disso estaria sendo noticiado. Ou na melhor das hipóteses viraria, uma nota, esquecida no dia seguinte. Pedidos esdrúxulos pela volta da ditadura, julgamentos fantasiosos que ignoram o estado de direito, tudo acompanhado de discursos vazios, mas raivosos.

Máscaras nas frentes das câmeras lembrando antigos salvadores da pátria. Aliás, temos a figura do ex-governador de Minas, que governava o estado a partir das praias cariocas que, segundo um comediante, o Neves de seu nome deveria ser apelido, pois é sempre Natal em seu nariz. O indivíduo insiste no complô, no desejo de inverter o resultado de uma eleição democrática, por meio de um golpe apoiado por uma mídia canalha e alguns juízes suspeitos quanto à integridade. Pregam a violência utilizando-se de grupos fascistas ou mesmo suas polícias militares contra aqueles que não comungam com suas hipocrisias.

No campo da religião, os mesmos destemperos e atrocidades para com a democracia e respeito ao cidadão. Não importa se cristã ou islâmica, quando fundamentalista, cortam-se gargantas, põem-se na fogueira, apedreja e assim por diante. Não importa, “nós é nós e o resto é o resto”.

A violência, o sectarismo, a criminalização dos movimentos sociais, a homofobia e outras formas de agressão à democracia, são comuns aos dois grupos, contra aqueles que são ou pensam ”diferente”.
Agora, o contraditório, normalmente é ignorado pela mídia.

Os movimentos, hoje ainda minoritários, contra o racismo, pela liberdade religiosa, respeito às mulheres, às minorias e a liberdade sexual, quando vão as ruas se manifestar, vão em busca do respeito e amor ao próximo. Quando se manifestam, podem ter certeza de que será como uma grande festa, seja em local público ou não.

Será que ninguém percebe essa pequena diferença que separa aqueles grupos raivosos e antidemocráticos, daqueles que só querem o bem do próximo?

Parabéns, Maricá, pela bela festa que foi a 2ª Parada do Orgulho LGBT.
Te abraço,

Sérgio Mesquita