sábado, 18 de março de 2017

Crônica de uma morte anunciada II (18.02.2017)

Em 2015, escrevi a primeira versão do texto em que “pego emprestado” um dos títulos do Gabrial Garcial Marquez, “Crônica de uma morte anunciada”, em que discuti as posturas do PT e, em especial, de nossa presidenta.
Pouco tempo depois, em outro texto, que discutia a Lava Jato, tive o mesmo abrilhantado pela visão de um garoto, com então 18 anos, Bernardo, filho do companheiro Marcos de Dios, que em seu comentário coloca que um dos objetivos principais da Lava Jato era acabar com as empreiteiras nacionais, que ganhavam espaços no mundo por conta da política internacional do PT em Brasília. Visão mais que confirmada posteriormente, em especial após discursos do Cunha no Plenário da Câmara,  defendendo a abertura total do país para as empreiteiras estrangeiras.
O Brasil é o único país do mundo, onde quando uma diretoria de uma empresa é flagrada em processo de corrupção, quem paga são os empregados e país com o fechamento ou proibição de abertura de novos contratos. Na Alemanha e na Holanda por exemplo, a Siemens e a Alston, condenadas “na Suíça” por corrupção nas obras do Metro de São Paulo, continuam funcionando aqui, muito bem obrigado. As empresas foram multadas e os diretores envolvidos afastados, e a remessa dos lucros para o exterior, continuam bem obrigado. Mas nossos valorosos Juízes, Deputados, Procuradores e outros serviçais, defendem abertamente o desemprego e o fechamento das empresas em prol de seus patrões acima da linha do Equador. E você, de amarelo dizendo “somos milhões de Cunhas “ – acredito.
Agora, recentemente assistimos a mais um grande escândalo. Dessa vez as vítimas (que cometeram crimes contra a humanidade e devem ser punidas) estão na indústria de alimentos.
Lendo o blog do Nassif (jornalggn.com.br – link ao final), ele coloca muito bem as consequências e o como e porque essas empresas foram denunciadas. Briga interna na Polícia Federal. Delegado que quer lugar de outro, arma o circo de forma midiática (acredito que de hoje em diante, deva ser matéria obrigatória e eliminatória nas provas para juízes, delegados e procuradores, Comunicação e Marketing. Matérias que envolvam os direitos civis, administrativos e constitucionais passam a ser eletivas), e desmascara a indústria de alimentos. Em especial uma das que mais bancou o “por fora” de nossos políticos, a Friboi que tem como um de seus acionistas o Maílson da Nóbrega e não o Lulinha.
De novo se repete a estratégia da Lava Jato. A destruição em vez da punição dos responsáveis e a correção do processo. Perdemos as empreiteiras, perdemos o petróleo, a indústria naval e agora é a indústria de alimentos. Que venham as estrangeiras, nosso papel como produtor, deve se resumir ao setor primário. Voltar a ser colônia.
E os delegados, os juízes e promotores que defendem o fim do país enquanto nação soberana? Tudo bem voltarmos ao Mapa da Fome? Aqueles que foram de maior agrado da mídia (bandida) sobreviverão, e os demais se aposentarão com seu vencimentos integrais ou ascenderão a cargos maiores. E você, de amarelo, não entendendo porque vai trabalhar mais, ganhar menos e não ter nenhum direito, só deveres.

Há braços.


Sérgio Mesquita
Secretário de Formação do PT Maricá