O texto a seguir é pensado a partir do livro “Quem
Manda no Mundo”, escrito por Noam Chomsky, em sua 3ª edição de 2018. Que confirma
uma prática iniciada ainda na década de 60 (Sec. XX), em plena “Guerra Fria”,
quando os EUA começam a exportar “religiosos” pelo mundo, em especial, aqui em
nossa América Latina, para evitar o “perigo comunista” e implantar o
neoliberalismo, colocado em experiência no Chile, pelo ditador Pinochet.
Com certeza não esperavam o sucesso alcançado, pois
duvido que sequer pensaram em aplicar em suas fronteiras o que exigiam nos
países “amigos”. Não esperavam por cidades fantasmas como Detroit, os sem tetos,
desempregos e outras. A Globalização também os atinge, e não se dão conta que,
as corporações e os grandes conglomerados são os verdadeiros donos do mundo.
São os que ditam as regras, deixando ao governo dos EUA o mero papel de
exército mercenário das Corporações.
Hoje, sentem na pele o mesmo que passamos aqui,
onde todos foram colocados em um mesmo saco: - política é coisa de bandido e só
Deus salva.
O trecho abaixo, colocado pelo Chomsky, nos traz
esta preocupação, pois passa a impressão que tanto aqui, como lá, a política
perde a razão de existir, em nome de uma fé que nos levará de volta a Idade
Média, com a Terra plana e outras idiotices. A Fera do obscurantismo está
solta, e quem irá colocar a coleira nela?
Cap. XXII: O relógio do Juízo final, página
287
“Os partidos Republicano e Democrata deram uma
guinada à direita durante o período neoliberal da geração passada. Os democratas
do mainstream são agora o que costumávamos chamar de republicanos
moderados. Enquanto isso, o Partido Republicano desgarrou-se do espectro,
tornando-se o que os respeitáveis analistas políticos conservadores Thomas Mann
e Norman Ornstein chamam de uma insurgência radical que praticamente
abandonou a política parlamentar normal. Com a guinada à direita, a dedicação
do Partido Republicano à riqueza e ao privilégio tornou-se tão extremada que
suas efetivas políticas não foram capazes de atrair eleitores, de modo que
agora tem de buscar uma nova base popular, mobilizada em outros setores:
cristãos evangélicos aguardando a Segunda Vinda de Jesus, nativista que temem
que eles estejam roubando de nós o nosso país, racistas estagnados,
pessoas com queixas reais que confundem suas causas e outros que, como eles,
são presas fáceis de demagogos que podem tornar-se uma insurgência radical.
Em anos recentes, o establishment estava
expressando considerável desalento e desespero diante de sua incapacidade de
fazê-lo, à medida que a base republicana e suas escolhas saíam do controle.
Os políticos republicanos eleitos e os
presidenciáveis da campanha de 2016 expressaram desprezo franco pelas
deliberações de Paris, recusando-se inclusive a comparecer nos trabalhos. Os
três candidatos que à época lideravam a pesquisa eleitorais – Donald Trump, Ted
Cruz e Bem Carson – adotaram posição de base amplamente evangélica: os seres
humanos não exercem nenhum impacto sobre o aquecimento global, se é que está
mesmo acontecendo um.”
O fato, é que o terraplanismo chegou lá
também. O tiro também saiu pela culatra.
Não adianta filmes, séries e livros como Elysium,
The Handmaid`s Tale, 1984, Admirável Mundo Novo, Fahrenheit 451 e etc. O
que interessa é a Segunda Vinda de Jesus. Até lá, contentemo-nos com as fakes
news, mamadeiras de pirocas, a facada no Bolsonaro e idiotices. Mas,
que o Queiroz continue em paz.
Sérgio Mesquita
PT-Maricá