sexta-feira, 29 de abril de 2016

Entre o político e o idiota, ou o cão pastoreio e o papagaio.

Muitos em Maricá ainda não entenderam, ou fingem não entender, o real papel a que se prestou o nosso Deputado Federal Fabiano Horta, ao ceder temporariamente seu cargo à Wadih Damous no Congresso. Começo por afirmar que isso é coisa de gente grande, que não se apequena, pensa enxergando o todo e não somente seu umbigo. Pois senão vejamos.
Deste os tempos idos, lá na Grécia antiga, berço da filosofia e da democracia, que os gregos entendiam existir dois tipos de pessoas: os “polítikos” e os “idiotés”. Políticos, eram aqueles que pensavam a Polis (cidade), enxergavam o todo e pensavam o bem comum. Idiotas eram aqueles que só pensavam em si mesmo e nas suas necessidades, só enxergando o próprio umbigo, nada além de um palmo do nariz.
Somente o parágrafo acima já daria para tirar as dúvidas daqueles que estranharam ou se sentiram “traídos” pelo posicionamento do Fabiano. Afirmo que a atitude de humildade e pleno conhecimento do momento político por que passa o país, fizeram do Fabiano Horta não um deputado de Maricá, mas sim do Brasil. Um deputado que enxerga a toda uma população que conquistou melhores condições de vida, com possibilidades de ter o seu diploma universitário, ou simplesmente, poder fazer as tão famosas e até a pouco, inatingíveis três refeições diárias. Fabiano enxergou o Brasil e não a manutenção de seu “status” pessoal. Não foi o “status” de ser deputado que o motivou a concorrer à Camara, foi a possibilidade de continuar a defender, em outra esfera, um projeto de país soberano e atuante na luta contra as desigualdades, sejam internas ou externas.
Quando procurado pelo ex-presidente Lula, acompanhado do prefeito Washington Quaquá, para ceder seu cargo temporariamente, ao então suplente Wadih, o fez sabendo bem o que fazia. O PT e o Brasil, precisavam qualificar a luta jurídica, trazer para a realidade o falso embate que era colocado por deputados idiotas, que se preocupavam mais em não serem processados do que no bem do país. Não existem diferenças entre a luta de Fabiano e Wadhi, pensam iguais e com a mesma esperança e convicção. Buscam por um país melhor para todos, não somente para uma parcela de sua população. A diferença, está no aprofundamento do conhecimento jurídico que o Wadhi possui e que o Fabiano não tem aprofundado, pois sua formação é no campo da veterinária.
Naquele momento, o PT precisava qualificar a disputa jurídica e deixar claro para a população e para o mundo, que juridicamente e legalmente, não havia motivo sequer para se falar em impeachment. O embate em tempo real, no cara a cara com aqueles que se preocupavam em barrar a Lava Jato, foi feito e bem feito pelo Wadhi. Deputados foram desmoralizados, desmentidos ao vivo e cores para o mundo. Para o Brasil, estes desmentidos e desmoralizações aconteceram somente nas redes sociais, pois nossas mídias só enxergavam, idiotas que também são, seus umbigos e interesses.
Fabiano foi e continuará sendo grande. Sua grandeza é do mesmo tamanho de sua luta por Maricá e por um Brasil melhor. E, por ser veterinário de profissão, o comparo a um cão pastoreio, que cuida de todos a sua volta, e não a um papagaio de pirata, que só sabe repetir “loro quer café com bolacha”.
Com certeza, Maricá, o PT e o Brasil agradecem a Fabiano Horta.

Sérgio Mesquita
Sec. Formação do PT-Maricá-RJ