terça-feira, 12 de abril de 2016

O medo do Lula. Nas vésperas do Impeachment, Lula na frente das pesquisas.

Mas se a esquerda, em especial o PT, não mudar o rumo e continuar negociando com o andar de cima na busca de uma governabilidade que nunca nos darão, não chegaremos as eleições de 18. Já mudei meu discurso, antes dizia que não vivíamos em um Estado de Direito, mas hoje, já vivemos uma ditadura. Os assassinatos começaram e a Justiça, como em 64, se apequena.
O povo na rua é necessário, mas em todos os momentos e não só nos "finalmentes". Pois o impeachment não passando, o que acredito, essa direita corrupta e raivosa vai recrudescer para além de novas operações policialescas falaciosas. Como iremos responder a continuidade do desmonte do país até as eleições de 18? Com mais concessões ao capital?
Eles já sabem o que fazer. Continuarão a aprovar as leis de seus interesses e contra a população, inclusive, salvo engano de minha parte, aquelas que os livrarão das novas lava-jatos e da atual também. Já para nós, continuarão a nos colocar na cadeia independente das leis.
Passado o impeachment, devemos tomar ações como a da Frente em São Paulo, devemos ir para as ruas e explicar à população o que está acontecendo, com panfletos, cultura e debates públicos nas comunidades. Temos que explicar para além da classe média obtusa o que realmente acontecendo no país. Buscar a população que só tem a Globo como meio de informação. Esquecemos de realizar esse trabalho enquanto estivemos em Brasília. A estudantada e o povo da Frente de São Paulo nos apontou o caminho que deveria ser tomado em 2002. Se queremos vencer as eleições, temos menos de dois anos para começar a reverter esse quadro e, ganha as eleições, transformar os eventos de formação política em projeto de estado, sem sectarismo, ouvindo as discordância e convencendo pela distribuição dos saberes e fazeres. Sem democracia participativa com o conjunto da sociedade estaremos somente reproduzindo um modelo que, em discurso, colocamos como esgotado.
À luta hoje e sempre, dia 17 deve ser o "Marco" pelo que faremos para mudar o país e seu povo. Não uma data a ser comemorada como vitória, pois nós é que deixamos chegar a esse ponto.Que a estrela do PT volte a brilhar intensamente e que a esquerda nesse país se una em torno da democracia participativa e não a representativa. Que o dia 17 seja o começo da virada, e não a manutenção do que está aí.
Eles tem medo do Lula sim, que façamos do medo pesadelo! Não somente por ser o Lula, mas principalmente por ser com o Lula.
Sérgio Mesquita, Formação PT/Maricá-RJ