segunda-feira, 9 de julho de 2018

Uma Justiça que cumpra e um Direito que nos conheça.


Escrevo este texto para os companheiros que, como eu, defendem a Justiça e o Direito definidos pelo Saramago no livro “Terra” de Sebastião Salgado, quando Deus percebe o resultado de sua criação...

“Deus falando a multidão, anunciou: A partir de hoje chamar-me-eis Justiça. E a multidão respondeu-lhe: Justiça, já nós a temos, e não nos atende. Deus responde: Sendo assim, tomarei o nome de Direito. E a multidão tornou a responder-lhe: Direito, já o temos, e não nos conhece. E Deus: Nesse caso ficarei com o nome de Caridade, que é um nome bonito. Disse-lhe a multidão: Não necessitamos caridade, o que queremos é uma Justiça que se cumpra e um Direito que nos respeite”.

Depois do colocado acima será que continuará difícil enxergarmos o óbvio? VIVEMOS EM UM ESTADO DE EXCEÇÃO. E em Estado de Exceção as instituições passam a ser de “faz de conta”, de “mentirinha”, “para inglês ver”. Não existe saída “legal” na ilegalidade. Não vivemos em uma Democracia.

Lula está preso por conta de um Golpe que se iniciou em 2005 e teve sua primeira etapa findada na farsa do “mensalão” e continuou com a outra farsa da Lava Jato. Lula não será solto enquanto o andar de cima não se unificar contra a gente. Enquanto estiverem disputando entre eles o poder, não nos sobrará nada. E caso cheguem a um acordo, nada nos sobrará.

As corporações já decidiram que vão tomar nosso petróleo, nossa água, nossos minérios e as empresas como se colônia fôssemos. E nenhum país de nossa democracias ocidental irá se opor. Pelo contrário, estão a disputar o espólio da viúva, como a Noruega (país nórdico), já garantiu seu quinhão no pré sal e com isso o pagamento da aposentadoria de seus cidadãos.

Por outro lado, nossos vassalos da” justiçinha” ainda não sabem se era a voz do Aécio dizendo que mandaria matar o primo, se a mala “chipada” era para o Temer, ou se o Cunha comprou o impeachment da Dilma. Também não sabem onde está a PORRA do elevador e a cozinha do triplex. Além de uma infinidade de outros exemplos.

E o que fazemos nós?

Tirando uns poucos mais preocupados com seus umbigos e as eleições de 18 e 20, podemos sim agir no sentido de resgatarmos a Justiça e o Direito, aquela que se cumpra e aquele que nos sirva. Não precisamos pegar em armas, mas podemos paralisar o país. Não com as greves gerais que não acontecem, mas paralisando umas poucas vias de acesso nas cidades. Aquelas que irão causar enormes engarrafamentos, e não precisamos de caminhões e tratores, pois são comandados pelos de cima. Uma ou duas vezes por semana até um monte de merdas se mudarem para Miami de vez, vira-latas que são. Desobediência civil até tirar os estrumes do Alvorada.

Não deve ser difícil, paralisa-se aqui, quando os dos cassetetes chegarem...paralisa-se ali, até que nem eles e nem ninguém cheguem em seus destinos. Fica a ideia.

Lula não será liberto até que só sobre do país o que não lhes interessa.

Sérgio Mesquita
Sec. Formação do PT-Maricá/RJ