domingo, 18 de janeiro de 2015

Intrusos no espaço institucional

Repetindo uma discussão anterior, como introdução ao texto, cito Paulo Fatigati que sempre nos lembra de uma situação real: nós somos intrusos no espaço institucional de governo. Nosso espaço está na organização dos trabalhadores (sindicatos) e nos movimentos sociais. Os espaços institucionais são deles, da direita dona do poder. Foram criados para eles, por leis criadas por eles. Por isso não nos aceitam e tentam recuperar o que acreditam ser, por direito divino, somente deles.

Esta linha de raciocínio é verdadeira e explica bem os movimentos políticos do PSDB, dos demais partidos de direita e de nossa mídia entreguista. Como bem colocado no texto “linkado” ao final, como exemplo. O Globo sempre foi contra a Petrobrás, do seu nascimento até os dias de hoje. Os sucessivos governos paulistas também nunca a engoliram bem, pois a locomotiva poderia deixar de ser o Estado de São Paulo, pois tinham o discurso que São Paulo era a locomotiva do Brasil.

O que assistimos hoje dentro do Brasil e fora, infelizmente, são ações orquestradas para impedir o crescimento de novas nações que possam gerar “problemas” para os donos do capital, EUA, Alemanha e outros menores. O texto explica bem o porquê da queda do preço do petróleo, estratégia dos EUA para prejudicar a Rússia, Irã, Venezuela e o Brasil. Os EUA também perdem com a queda, mas na visão dele, entrega os anéis na intenção de manter as mãos, enquanto nós poderíamos perder as nossas. Porém no mundo de hoje, como colocado por vários autores, a Rússia e demais poderão se recuperar mais rápido que o próprio EUA em sua visão cega. Tiro no pé.

No Brasil, por política de governo, não afundamos na última crise principalmente por conta dos investimentos na infraestrutura e na Petrobras. Em especial na Petrobras. Por isso querem colocar a culpa de ações individuais de corrupção na empresa como toda, como bem explica o Gabrielli na entrevista.

FHC e os demais preferem ver o Brasil com desemprego e a Petrobras na mão de estrangeiros – com destaque para os EUA – a ver a empresa dando sustentabilidade a uma política feita por intrusos. Não porque queriam eles estar no timão da política, mas por serem entreguistas e subservientes ao poder do capital financeiro, pois suas contas bancárias ficariam mais gordas com o dinheiro “desviado”, em suas visões, para os mais pobres. Basta ler os colunistas do Globo e etc. Aeroportos que parecem rodoviárias, praias cheias de pobres e sua empregada doméstica, que não deveria ter carteira assinada, com um celular melhor que o seu.

Te abraço,                                                                                       
Sérgio Mesquita