quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Quando a preocupação é para com os pequenos

Todos conhecemos como é bela a vista do alto da Serra do Camburi. Quem ainda não conhece, deve visitar a rampa de parapente e saborear a deliciosa comida da dona Neusa, feita no fogão a lenha. Mas a serra não tem só sua beleza paradisíaca não. Tem suas fábricas de farinha, alguns moradores e a Escola Municipal Rodrigo Monteiro. Sim, no alto da serra, ao lado da fábrica de farinha de seu Simião, encontra-se a E.M. Rodrigo Monteiro com professora, merendeira, merenda, servente e o enorme número de quatro estudantes. Sim, toda uma escola para atender quatro filhos de moradores do local (ano passado formaram-se doze).
Por isso o título do texto. Toda uma estrutura montada para que seus beneficiários não tivessem que viajar diariamente até a escola mais próxima, subindo e descendo uma serra ainda de acesso difícil. Era assim até o ano de 2010. Sua professora/diretora, dona Clarivaldina, passa a semana ocupando um lugarzinho na casa da Marlene, a merendeira da escola e moradora do local. É assim que as crianças do lugar recebem seus livros, uniforme e passam o dia na escola, muito bem equipada por sinal e com aquele jeitinho do sítio da vovó.
Foi com esse clima que os intrépidos trabalhadores da Secretaria de Cultura subiram o morro em duas camionetes 4X4, cedidas pela Defesa Civil e pela Secretaria de Educação. Fomos contar história para um dos melhores públicos por que passamos. Violoncelo, flauta, saxofone, cajon e violão acompanharam Perseu e seus personagens maravilhosos. Personagens estes, construídos a partir de sua interpretação e expressões faciais. Com uma simples troca de chapéu, transformava o Coronel no Boi Barroso ou na esposa Cantilina do capataz Chico. Um Romeu e Julieta de final feliz dividiu a atenção com a história do Boi Barroso. Uma festa para a criançada que, inicialmente desconfiadas, passaram aos sorrisos soltos e sinceros. Após a apresentação, fomos brindados com um belo almoço, reforçado com os alimentos produzidos na própria Serra. De novo o clima do sítio da vovó toma conta de nossos corações.
Ao começarmos a descer a serra, a certeza de um dever cumprido à altura dos esforços da Secretaria de Educação e da Prefeitura de Maricá, que traduzem na prática a opção pelo crescimento humano aliado ao crescimento econômico.
Violão – Ronaldo Valentim
Violoncelo – Pedro Szygethy
Cajon – Paulo Ernani
Saxofone e Flauta – Gustavo Gibi
Perseu – Contador de História

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