segunda-feira, 15 de junho de 2015

Qual o verdadeiro problema do jornalismo de hoje?

Na realidade, acontece com o jornalismo o que aconteceu com o Rádio, com o cinema, com o livro, com a televisão, todos ainda em mudanças. É o choque da nova tecnologia sobre a velha. Mas em nenhum momento de nossa história algumas dessas tecnologias deixou de existir. Nenhuma foi substituída, todos os produtos e seus conteúdos estão aí, sendo distribuídos de acordo com as novas demandas e meios.

Mais ou menos o que acontece com os movimentos de poder no Brasil, o coronelismo existe até hoje e convive com os empresários da indústria, os empresários da mídia e hoje da cognição. Todos convivem, mesmo que não em harmonia aqui ou ali, segundo Waldez Ludwuig.

O problema com o jornalismo de hoje, que se confunde com as necessidades dos donos das mídias, está em não ser mais a verdade absoluta, como sempre havia sido, pretensamente. Verdade essa que manipulou a população em 54 (suicídio do Getúlio), 64 (Golpe militar-civil), na campanha pelas Diretas, morte do Tancredo, eleições de Collor, FHC, Petrobras e outros exemplos.

A perda financeira existe, mas somente parte pode ser creditada as novas mídias. Também passaram a existir novas formas de exploração do jornalista, onde os donos dos meios de comunicação que reclamam, utilizam-se abertamente delas. A maior perda, em minha opinião, vem da questão da falta de ética e das manipulações, até grosseiras e ofensivas em relação a realidade. Situação como a do questionamento feito por uma profissional do jornalismo, seguindo diretriz editorial de sua empresa (O Globo), sobre a justeza ou não de uma homenagem à Lula na França. Um absurdo ético e jornalista, que mais uma vez leva nossos profissionais a passarem vergonhas sem igual frente a imprensa estrangeira. Este é o pior problema.

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