sábado, 26 de novembro de 2016

FIDEL CASTRO

Meio que anestesiado. Todos sabiam que esse dia chegaria, pois a única certeza que temos em vida é que um dia a morte chega. Morte matada, morrida, sofrida ou em paz, no final, a mesma coisa para todos.

O que faz a diferença na morte, não é como ela se dá ou deu, mas sim em como se deu a vida. Mario Sérgio Cortella, em uma de suas palestras pergunta “quem é você?” E ele responde, perante o Universo, somos uma parcela de sub-nitrato do pó de nada. E é verdade. A diferença se dá em nossa morte, se dá na herança que você deixa ou deixará. Não aquela herança em propriedades e contas em bancos. A herança da esperança, de ter valido a pena as alegrias e sofrimentos por que passamos em vida. O que faz a diferença é o brilho no olhar, daquele que observa, não o indivíduo, mas as transformações que essa mesmo indivíduo ajudou construir.

Guimarães Rosa disse em seu livro Grandes Sertões Veredas que “viver é perigoso”. Eu acredito que só fazemos a diferença na vida de alguém ou de uma população, se em vida, você enfrentar o perigo de vivê-la. Acredito, que nesses quase sessenta anos da Revolução Cubana, ninguém viveu tanto os perigos da vida quanto Fidel Castro. Ninguém deixou tantos rastros de sua existência quanto Fidel.

Fidel continuará vivo nas mentes e corações de muita gente. Já aqueles que viveram para detrata-lo ou mesmo maquinando a sua morte, estarão literalmente mortos, sem qualquer herança a ser sentida. No máximo, uma lembrança em poucas linhas de algum livro, que contará a história do líder da Revolução Cubana. A história do soldado, que transformou uma ilha de cassinos e cabarés, em exemplo de Saúde Pública e Educação para o mundo.

Inté camarada. Hasta la victoria siempre!

Sérgio Mesquita

Sec. de Formação do PT-Maricá

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