quinta-feira, 4 de junho de 2009

Unanimidade é burra! Inteligente é a Unidade (22.05.2009)

Quase como continuidade do artigo anterior (Quero um abraço!), onde a tônica foi o egoísmo, o isolamento que está tomando conta da sociedade atual, vou me posicionar quanto a falta do companheirismo em nossos locais de trabalho e no nosso dia a dia. Vale a ressalva que não estou mediando nada. Vou ao extremo e, você que me lê, que faça a mediação.
Em nossa fantástica sociedade – é fantástica sim, deparamo-nos com os mais variados inventos e novas verdades. Há pouco, o ovo fazia mal a saúde hoje... É neste mundo, de novidades e reviravoltas que uma coisa tem se mantido e aprimorado desde a Revolução Industrial: a competição com o próximo.
Na escola aprendemos a competir com nossos amigos pelas melhores notas. Depois o Vestibular que muda forma e só. Em seguida a disputa no mercado de trabalho por um emprego, com ou sem Faculdade.
Na política, você primeiro disputa com seu companheiro de partido uma vaga, depois a sua manutenção no cargo ou avanço na pirâmide. “Tenho vinte anos de mandato”. Como coloca o amigo Waldez Ludwig: “Qual foi o último livro que leu?” Ou no caso, “qual foi à última vez que tomou cafezinho na base?” Este tempo, em minha opinião ou de políticos como Wladimir Palmeiras e Milton Temer, só servem para nos transformar em excelentes burocratas, com foco único na re-eleição. O Povo, um detalhe, como já colocou uma Ministra (um dado na planilha).
Em nossos locais de trabalho, acontece o mesmo. A fofoca e a desinformação reinam (temos exceções, mas como já observado acima, não farei mediações). Antes mesmo da preocupação com manutenção e/ou crescimento da empresa, que paga o seu salário, vem a guerra com seus próprios companheiros. Depois, você se preocupa com o mercado, a concorrência que pode tirar o seu pão de todo o dia.
Na política acontece o mesmo. Ganha-se o cargo e começa a guerra burra por mais espaço/PODER. “Eu mando maaiiisssss”. “Tenho mais ”influênciiiaaaa”. E o povo cara pálida? Vai para onde? Aquele projeto, que pode amenizar a vida daquela comunidade... quem está sentado em cima e porquê?
No mercado de trabalho, quem age assim acaba por ficar de fora. Nas instituições modernas, a preocupação maior é com o bem estar de seu funcionário, a empresa melhora seus índices em consequência dessa política. Nas empresas mais tradicionais, o fofoqueiro tem seu espaço, mas empresa fale e ele acaba fora do mercado.
Na política a coisa é mais perversa. Não é sua empresa ou seu emprego que pode sumir. É todo um povo que sofre, passa fome, não tem teto, educação e saúde por conta de atitudes mínimas com consequências enormes e desastrosas.
Mesmo quando você é maioria na Câmara ou no Executivo, inconscientemente, esta perversidade pode até ser maior, quando temos caminhos diferentes para um mesmo objetivo. A diferença entre a burrice da unanimidade e a inteligência da unidade está na tomada de decisão dentro da diversidade ideológica, de caminhos e etc. Se a decisão é tomada com foco no objetivo, a unidade prevalece. Mas se a decisão é tomada com foco na divergência do caminho, vence a burrice e perde o povo.
Não nos bastam princípio e dignidade. Como já disse o poeta, a alma tem que ser grande.
Te abraço.

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